quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Executiva Nacional da ANLU participa de debate com dirigentes do MNU-PERNAMBUCO.

Na noite de quarta-feira, 29-01, no Centro Histórico de Olinda-PE, os dirigentes membros da Executiva Nacional da ANLU - A Nossa Luta Unificada, Carmem Maia e Emir Silva foram convidados pela Comissão Estadual do MNU/Pernambuco de Organização do XIX Congresso Nacional do Movimento Negro Unificado que se realizará de 15 à 17 de Maio, em Recife, para uma análise sobre conjuntura nacional e os desafios do atual contexto político no Brasil. A reunião aconteceu no Ilê-Oca Casa das Tradições Afroindígenas, sob o acolhimento do sacerdote Tiago Nagô e a advogada Camila Antero. A coordenadora estadual do MNU-PE, Marta Almeida, informou sobre as agendas de planejamento organizacional que estão em curso e confirmou sua participação na reunião ampliada da Coordenação Nacional do MNU (CON) no próximo final de semana, 01 e 02 no Rio de Janeiro. Adeildo Araújo, dirigente de vanguarda do MNU-PE fez uma retrospectiva política dos avanços e retrocessos do MNU e considerou o XIX Congresso um marco de afirmação do MNU no cenário político brasileiro entre as principais organizações nacionais com poder de decisão política e capacidade de mobilização do povo negro. Jean Pierre, dirigente da nova geração reivindicou maior espaço à juventude e segmentos populares organizados que resistem na religiosidade de matriz africana e cultura popular. Tiago Nagô que é documentarista, evidenciou a necessidade de implementação de uma política de comunicação com produção autônoma em plataformas digitais disponíveis nas redes sociais. Segundo Tiago o MNU tem capacidade de produzir conteúdo de qualidade através de mídias democráticas e populares. Emir Silva expôs a trajetória dos 10 anos da ANLU e sua importância para a rearticulação e fortalecimento nacional do MNU a partir de 2010 passando pelo XVII Congresso Nacional, em Salvador, 2014; e o XVIII Congresso Nacional, em Brasília, 2017. Afirmou que é necessário enfrentar problemas internos de estagnação crônica e transformar o MNU numa Organização Política "viva" de lutas cotidianas. O debate coletivo abordou o momento político do país e o retrocesso oriundo do conservadorismo nazifascistas do Governo Boslsonaro. Houve um momento emocionante quando o sacerdote Tiago Nagô informou que o ativista "Nego Bando", documentarista gaúcho assassinado em Olinda, em 2016, morava no Ilê-Oca Casa das Tradições Afroindígenas, era seu parceiro de trabalho e fazia parte da equipe de produção cinematográfica da instituição. NEGO BANDO, PRESENTE !

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